Dieta APLV para mães: como garantir a saúde da mãe e do bebê com alimentação segura

Ser mãe é cuidar com amor, e quando o assunto é a alergia à proteína do leite de vaca (APLV), esse cuidado precisa ser ainda mais especial.

Se você foi diagnosticada com APLV ou está amamentando um bebê com essa condição, sabe que adaptar a dieta pode parecer um desafio, mas não precisa ser complicado.

Pensando nisso, preparamos um guia prático para ajudar você a entender como funciona a dieta de exclusão da proteína do leite de vaca, quais alimentos são seguros para manter sua saúde e do seu bebê, e por que o acompanhamento médico e nutricional é essencial nesse processo.

O que é a dieta APLV para mães

A dieta APLV para mães é um cuidado especial para aquelas que amamentam bebês diagnosticadas com alergia à proteína do leite de vaca..

Trata-se de uma dieta de exclusão, que elimina todos os alimentos que contenham essa proteína para evitar reações alérgicas no bebê.

Manter essa dieta rigorosa garante que o leite materno continue sendo seguro e nutritivo, permitindo o aleitamento exclusivo nos primeiros meses, sem riscos para a saúde do bebê.

Para mães que seguem a dieta de exclusão da proteína do leite de vaca, também é fundamental considerar a possibilidade de suplementação de cálcio. Essa recomendação é importante porque o leite e seus derivados são a principal fonte desse mineral tão essencial para a saúde óssea, e sua eliminação pode levar a uma ingestão inadequada.

Por isso, é sempre indicado consultar um profissional de saúde especializado para avaliar suas necessidades específicas e receber orientações personalizadas sobre a suplementação de cálcio e, quando necessário, vitamina D.

Assim, você garante não só a sua saúde, mas também a qualidade do leite materno para o seu bebê durante esse período delicado de cuidado e atenção.

Alimentos que devem ser evitados

Para seguir uma dieta APLV adequada, é fundamental excluir o leite de vaca e todos os seus derivados. Isso inclui:

• leite integral;
• desnatado;
• semi-desnatado;
• leite em pó;
• queijos de todos os tipos (inclusive os sem lactose, de búfala, ovelha ou cabra);
• iogurtes;
• requeijão;
• ricota;
• creme de leite;
• manteiga;
• margarina que contenha leite; e
• produtos industrializados que indiquem proteína do leite de vaca no rótulo.

Também é importante evitar contatos indiretos, como cosméticos ou medicamentos que possam conter ingredientes derivados do leite.

O que uma mãe APLV pode comer?

Apesar das restrições, há muitas opções nutritivas e deliciosas para incluir na alimentação diária.

• frutas;
• verduras;
• legumes;
• carnes;
• ovos;
• cereais integrais; e
•  

Além disso, existem alternativas vegetais ao leite e derivados, como leites de amêndoas, coco, arroz ou soja, que podem ser consumidos conforme a orientação do nutricionista.

É essencial garantir uma dieta equilibrada para suprir as necessidades de energia, proteínas, cálcio e vitaminas da mãe e do bebê.

O que comer no café da manhã APLV?

Um café da manhã saudável e livre de leite de vaca pode incluir frutas frescas, pães integrais, geleias naturais, ovos mexidos ou cozidos, e papas feitas com leites vegetais.

Também vale apostar em cereais sem leite, vitaminas de frutas com leites vegetais e oleaginosas como castanhas e amêndoas. Consultar um especialista garante que todas as escolhas alimentares sejam seguras e adequadas para você e seu bebê.

Cuidados durante a amamentação

Amamentar é um momento de muita conexão e cuidado entre mãe e bebê. Para mães que precisam lidar com a APLV, esse cuidado fica ainda mais especial, pois exige atenção na alimentação para garantir o bem-estar de ambos.

Como a proteína do leite de vaca pode afetar o bebê amamentado

Quando a mãe consome alimentos que contêm a proteína do leite de vaca, essa proteína pode passar para o leite materno.

Para bebês com APLV, essa exposição pode causar reações alérgicas que variam desde irritabilidade e cólicas até vômitos, diarreia ou até sangramentos intestinais. Por isso, é crucial identificar esses sintomas para agir rapidamente e proteger a saúde do bebê.

Por que o aleitamento materno deve ser mantido com cuidado

Apesar do desafio, manter o aleitamento materno é fundamental e deve ser sempre incentivado. Ele oferece nutrientes essenciais e fortalece o sistema imunológico do bebê.

Para tanto, a mãe deve seguir uma dieta rigorosamente livre de leite e derivados, evitando qualquer contato com essa proteína, além de contar com acompanhamento médico e nutricional especializado.

Assim, a amamentação permanece segura e nutritiva, fortalecendo o vínculo único entre mãe e filho.

Quando buscar ajuda especializada e sinais de alerta

É muito importante que toda mãe fique atenta aos sinais do bebê e saiba quando buscar ajuda especializada.

Se você percebe que seu filho apresenta sintomas como irritabilidade constante, cólicas intensas, vômitos, diarreia com sangue ou muco, manchas vermelhas na pele, inchaço nos lábios ou olhos, dificuldade para respirar, chiado no peito ou atraso no crescimento, é hora de consultar um pediatra ou alergologista.

Esses sinais podem indicar uma reação à proteína do leite de vaca e merecem avaliação cuidadosa para garantir o diagnóstico correto e o tratamento ideal. Buscar apoio profissional não só ajuda a aliviar o desconforto do bebê, mas também traz segurança para a mãe, com orientações claras sobre a dieta e cuidados necessários.

Conclusão

Ser mãe é uma jornada cheia de aprendizados e cuidados, e quando o assunto é a APLV, esse cuidado ganha uma atenção ainda maior.

Seguir a dieta de exclusão da proteína do leite de vaca pode parecer desafiador no começo, mas é fundamental para garantir a saúde da mãe e do bebê. Com alimentos seguros, atenção nutricional e acompanhamento médico especializado, é possível manter uma alimentação equilibrada e nutritiva para os dois.

Lembre-se de que o aleitamento materno continua sendo a melhor fonte de alimento e proteção para o bebê, desde que a dieta da mãe seja adequada. Observar os sinais do seu pequeno e buscar ajuda especializada sempre que houver dúvidas ou sintomas de alerta é essencial para o sucesso dessa caminhada.

As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde para receber orientações individualizadas.