
Corrimento na gravidez: saiba identificar sinais normais e de alerta
O corrimento na gravidez é uma situação comum e, na maioria das vezes, faz parte das mudanças naturais do corpo durante a gestação. Alterações hormonais, especialmente o aumento de estrogênio e o fluxo sanguíneo na região pélvica, podem intensificar a lubrificação vaginal. Porém, nem todo corrimento é benigno.
Algumas mudanças na cor, no cheiro ou na textura podem indicar infecções que merecem atenção médica imediata. Neste artigo, vamos esclarecer quais características são esperadas e quais funcionam como sinais de alerta. Entenda!
O que é o corrimento fisiológico na gravidez?
Durante a gestação, é normal que o corrimento aumente de volume e tenha coloração esbranquiçada ou transparente, sem odor forte. Esse fluxo é chamado de leucorreia fisiológica e tem função protetora: ele ajuda a manter a vagina limpa, evitando a proliferação de microrganismos prejudiciais.
Mudanças no início da gestação
No começo da gravidez, é comum que o corrimento se torne mais perceptível. Isso acontece porque o corpo aumenta o fluxo sanguíneo na região pélvica e intensifica a atividade das glândulas vaginais.
Conforme citamos mais acima, esse corrimento tende a ser transparente ou levemente branco, sem cheiro e sem causar desconforto. Qualquer alteração para cores amareladas, esverdeadas ou acinzentadas, ou a presença de odor desagradável, já merece investigação médica, pois pode indicar infecção.
Tipos de corrimento na gravidez e seus significados
Os tipos de corrimento na gravidez variam conforme a causa. Além do corrimento fisiológico, podem ocorrer:
- Corrimento branco espesso: associado a candidíase, causada pelo fungo Candida albicans.
- Corrimento amarelado ou esverdeado: comum em infecções bacterianas, como a vaginose bacteriana ou a tricomoníase.
- Corrimento acinzentado com odor forte: típico da vaginose bacteriana.
Sinais de alerta para procurar o médico
Mudanças significativas na cor, cheiro ou textura do corrimento, acompanhadas de sintomas como coceira, ardor, vermelhidão ou dor, são indícios de que algo não está bem. Esses sinais podem indicar infecções fúngicas, bacterianas ou sexualmente transmissíveis.
A candidíase, por exemplo,que costuma afetar 90% das mulheres grávidas, se mostra com coceira intensa, ardência ao urinar, vermelhidão na vulva e corrimento branco espesso, semelhante a queijo cottage. Apesar de comum, ela precisa de tratamento específico, pois pode causar desconforto e risco de complicações.
Riscos de infecções não tratadas
Ignorar alterações no corrimento na gravidez pode trazer riscos, como parto prematuro, rompimento precoce da bolsa e infecções no bebê durante o parto. Em casos de tricomoníase, por exemplo, há o aumento no risco de baixo peso ao nascer.
Além disso, infecções não tratadas podem se espalhar para o trato urinário, aumentando a chance de complicações para a mãe. Por isso, qualquer alteração suspeita deve ser avaliada pelo obstetra, que poderá indicar exames e o tratamento mais seguro.
Como fazer a higiene íntima adequada durante a gestação?
Manter uma boa higiene íntima ajuda a prevenir infecções e desconfortos. O ideal é usar sabonetes suaves, sem perfumes fortes, e evitar duchas internas, que podem desequilibrar a flora vaginal.
O uso de roupas íntimas de algodão e peças mais soltas também ajuda na ventilação e na redução da umidade local, fatores que dificultam a proliferação de fungos e bactérias. Essas práticas, embora simples, reduzem significativamente o risco de alterações no corrimento fisiológico.
Como curar corrimento na gravidez com segurança?

O tratamento varia de acordo com o tipo de infecção e deve ser prescrito pelo médico, considerando medicamentos seguros para gestantes. Para a candidíase, por exemplo, o protocolo costuma incluir antifúngicos tópicos, enquanto infecções bacterianas podem exigir antibióticos específicos. Nunca é indicado automedicar-se, pois alguns fármacos são contraindicados na gestação.
Conclusão
O corrimento na gravidez é, na maior parte das vezes, uma manifestação normal das mudanças hormonais e fisiológicas do corpo. No entanto, alterações no aspecto, cheiro ou volume podem sinalizar problemas que exigem intervenção médica.
Ao perceber algo diferente, não hesite em conversar com o obstetra. Manter hábitos de higiene adequados, usar roupas leves e priorizar o acompanhamento pré-natal são medidas essenciais para proteger sua saúde e a do bebê.
As dicas não substituem uma consulta médica. Procure um profissional de saúde especializado para receber orientações individualizadas.
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